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Há em todos nós uma sede por Justiça. Nada mostra isso melhor do que uma partida de futebol. Pelo pouco que conheço, duvido que exista algum árbitro que tenha passado um jogo inteiro sem ter sua mãe xingada. O motivo é sempre o mesmo: o juiz está roubando!  O clamor foi tão grande que criaram o VAR (Árbitro Assistente de Vídeo, em português). A máquina seria mais confiável do que o homem. Seria, porque nem com o VAR acabaram as polêmicas ou os elogios às mães do juízes.

Se queremos Justiça em um simples jogo, imagine quando falamos de crimes. Poucas coisas podem ser mais terríveis do que condenar a pessoa errada ou inocentar um criminoso perigoso. As consequências de um veredito errado são reais. E, por causa disso, esperamos muito de um juiz. Parodiando a mulher de César, o juiz não deve ser imparcial, ele precisa parecer imparcial. Quando ele não parece, os questionamentos e as desconfianças aparecem. É o que aconteceu com o atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro, após a divulgação de supostas mensagens trocadas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol.

Contudo, há uma Justiça muito mais séria do que a dos tribunais humanos. Há uma Justiça cujos julgamentos possuem consequências eternas. E, nesses casos, não cabe recurso: os vereditos são definitivos, pois há um único tribunal, e ele é verdadeiramente Supremo. E todos, sem exceção, inclusive eu e você seremos julgados nesse tribunal.

Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo. (2 Coríntios 5.10)

Apenas Jesus pode fazer um julgamento assim. Por quê? Porque apenas Jesus é justo e pode julgar com justiça. Apenas Jesus apresentou as credenciais de que foi aprovado por Deus, quando Ele ressuscitou dos mortos:

Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos. (Atos 17.30-31)

Precisamos parar de procurar em homens o “juiz perfeito”, aquele que vai por fim à bandidagem e trazer justiça. Por melhores que sejamos, nenhum de nós é tão santo ou poderoso para fazer isso. Apenas Jesus o é. Apenas nele a justiça pode ser feita.

E, mais importante: precisamos entender que, no tribunal de Cristo, os réus somos nós! Todos nós somos pecadores e merecemos a condenação eterna, no inferno de fogo. Só há uma maneira de escapar do julgamento: se arrepender dos pecados e crer em Jesus.

Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (João 3:17-18)

A nossa opinião sobre o juiz Sérgio Moro não tem importância alguma, quando pensamos na eternidade. Mas, quanto ao juiz chamado Jesus Cristo, o que cremos ou não sobre Ele faz toda diferença. Por isso, pergunto: você crê que Jesus é o Filho de Deus, o nosso Salvador e o Juiz de vivos e mortos?

 

Helder Nozima Pereira é bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano de Brasília (SPB) e em Comunicação Social pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, trabalha como oficial de chancelaria e é mestrando em Estudos Bíblicos pelo Reformed Theological Seminary (RTS), em Nova York. Fundador e editor do blog Reforma e Carisma.

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