A nova legislação, que entrou em vigor em fevereiro deste ano, aumentou ainda mais as restrições existentes para grupos religiosos independentes. Enquanto o governo impõe regras e regulamentações para o cristianismo e islamismo, soma esforços para promover os valores tradicionais através de religiões como o budismo, taoísmo e a religião popular.
Após a divulgação do documento “Políticas e Práticas para Proteger a Liberdade de Crença religiosa na China”, versões digitais da bíblia e aplicativos desapareceram da rede em todo o país. Desde 31 de março, a busca pelo termo “Bíblia” em varejistas como a Amazon, por exemplo, retornam vazias e sem sucesso. Já livros e textos de outras religiões, como budismo e taoísmo, são encontrados normalmente nas plataformas de e-commerce.
Por conta da enorme pressão do governo chinês, sempre havia grande dificuldade de comprar Bíblias fora dos grandes centros. A internet era um meio rápido e acessível de adquirir as Escrituras pelos cristãos. A proibição é definida como parte de um programa patrocinado pelo Partido Comunista que pretende revisar a Bíblia, dando uma nova interpretação e tradução às Escrituras, com sua teologia alinhada aos valores socialistas.
Estimativas de especialistas em missões estimam que há mais de 100 milhões de cristãos em todo a China. Segundo o site Portas Abertas, o país é considerado como o 43º pior país do mundo em perseguição aos cristãos.