“Esse é o meio pelo qual Deus estabeleceu que a batalha pela verdade fosse vencida. Ele nos dá todas as ferramentas. Ele nos dá o seu poder e sabedoria para realizarmos isso. Não é fácil, não é simples, o mundo jaz no maligno, entretanto nós precisamos fazer muito mais do que estamos fazendo”, disse.
“Nós estamos acostumados com a dicotomia, sou cristão no domingo e de segunda a sábado eu faço as coisas como os ímpios fazem. Tento ali manifestar alguma coisa. Mas sem dúvida alguma, a resposta para isso está no engajamento do cristão”, ressaltou.
Cristão e a cultura
Em sua primeira palestra, Brotto disse: “Quem domina a academia determina a cultura”. Questionamos o que ele quis dizer com isso. “É como se fosse um ciclo vicioso. Temos uma cultura que é refletida numa academia e como esse mundo jaz no maligno, é uma cultura maligna que a academia vai refletir. E como a academia domina, aquela veste está lá, eles vão influenciar ainda mais para gerar mais cultura nesse sentido”, respondeu.
“E é claro que de tempos em tempos isso vai mudando e as principais mudanças para o bem vão ocorrer quando o cristão realiza sua função. Mais uma vez eu cito a Reforma Protestante. Você teve o Renascimento ali como uma forma de Deus até mesmo preparar aqueles homem e eles fizeram uma reforma não apenas espiritual, mas também cultural”, complementou.
Governo Petista – 12 anos de doutrinação
Ainda sobre o ambiente acadêmico, perguntamos a Brotto se ele acredita que os anos em que o governo petista atuou fortemente no Brasil influenciaram os jovens que hoje estão nas faculdades e universidade. Ele disse: “Com certeza. O tema do governo Dilma era ‘Brasil, pátria educadora’ e fica evidente que é por meio da escola e da pedagogia, que vem da academia, que ideias não petistas, mas Marxistas, Socialistas chegam aos estudantes. O que eles defendem acabam influenciando a geração e aí essa geração é influenciada até mesmo sem saber que está sendo influenciada”, comentou.
Pode uma educação cristã em um “país plural”?
“É sempre justo aplicar aquilo que é verdadeiro, belo e bom. A gente tem que tomar muito cuidado com a ideia de pluralismo, estado laico que teoricamente permite todas as coisas, desrespeita todas as coisas. Entendemos que Deus é o Senhor deste mundo e que Ele possibilita todas as condições de fazermos aquilo que o agrada e glorifica e Ele. Isso vai acontecer em maior ou menor medida, dependendo da própria cultura e abertura para isso. Mas, sem dúvida, não é só justo, mas justíssimo e inevitável”, explicou Brotto.
Para finalizar, perguntamos o que os cristãos de fato podem fazer no ambiente acadêmico para transformar o cenário atual. “Reconhecer que o que se aprende lá não é bíblico e por isso não deve ser aproveitado. Há alguns resquícios de verdade, mas a gente tem comprado essas ideias em sua totalidade e ao reconhecer isso há um conhecimento de pecado epistemológico”, alertou.
“Nós chegamos ao arrependimento e nós buscamos ferramentas para cumprir essa questão. E hoje, graças a Deus, a gente tem tido muito material e treinamento para que pelo menos na pedagogia a minha mente e o meu coração sejam dominados por uma cosmovisão cristã que naturalmente vai me levar a uma prática de áreas diversas baseadas na palavra de Deus”, disse.
Brotto ainda comentou sobre a importância do Fórum Nordestino de Cosmovisão Cristã. “Um evento como esse é importantíssimo. Muitas vezes é só aqui que um pedagogo treinado pelos sofismas de satanás vai ver como a sua pedagogia não tem nada a ver com a pedagogia Bíblica, porque as igrejas não estão preocupadas com esse tipo de coisa. As igrejas há muito tempo se perderam nessa dicotomia e acham que a sua função é apenas salvar almas, quando na verdade a função da igreja é redimir todas as coisas”, finalizou.